Open Conference Systems, III - Semana Acadêmica - Campus Mesquita

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PROMOÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PARA PRODUTOS DE EMAGRECIMENTO RÁPIDO
Natália Gomes Boechat de Oliveira, Lêda Glicério Mendonça

Última alteração: 2017-10-17

Resumo


O apelo ao consumo de bens e serviços e a estratégia de ligar este consumo ao desfrute (real ou fictício) de bem-estar, saúde e felicidade é uma das características da sociedade moderna. A propaganda é utilizada como mais um instrumento de reforço da cultura da medicalização. Diversos produtos que prometem emagrecimento rápido são encontrados atualmente no mercado como substitutos de uma alimentação adequada e de uma vida com hábitos mais saudáveis. Estes, por muitas vezes, são chamados de “naturais” com o intuito de transmitir a ideia de que os mesmos não farão mal à saúde caso sejam administrados de acordo com o rótulo e/ou com o que é proposto pelos reclames. Pessoas leigas em medicina ou farmácia e fascinadas pelas estratégias da “indústria da propaganda” colocam suas vidas em risco com o uso indiscriminado de determinados componentes, pois muitas vezes este é o único veículo de informação supostamente científica sobre o produto. Algumas questões norteiam o nosso trabalho: Até que ponto a propaganda induz o consumidor a comprar e utilizar o produto que ofereça emagrecimento rápido? Existe ou não evidências de que os produtos ajam da maneira exposta? Para alavancar as vendas, ainda inclui informações supostamente científicas sobre alguns benefícios à saúde que o produto pode oferecer. É cada vez mais comum o uso de celebridades ou pessoas públicas (nutricionistas, profissionais da educação física e atletas) em materiais de divulgação – TV, Intenet, revistas, outdoors e outros –, o que facilita a venda da ideia de corpo perfeito e saudável. Por outro lado, tais produtos geram lucros enormes às indústrias química e farmacêutica e, assim, têm se mantido no comércio por anos. O presente estudo visa fazer um levantamento das “fórmulas milagrosas” mais usadas atualmente pela comunidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), campus Realengo. Posteriormente, análises de rotulagens serão necessárias para que se faça um levantamento dos itens presentes em tais produtos e para que se tenha o conhecimento se estes estão de acordo com os dados científicos e normativos estabelecidos pelos órgãos competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por fim, de posse de tais dados, divulgaremos nossos resultados e alertaremos os perigos e os agravos para a saúde a partir do uso abusivo ou inapropriado dos produtos que prometem o emagrecimento rápido. O Brasil possui uma vasta legislação que contempla mecanismos suficientes para um efetivo controle tanto do mercado farmacêutico/químico/alimentício como da publicidade de seus produtos. O que falta é o cumprimento das leis e sua fiscalização. Além disso, é importante que se respeite o Direito de Defesa do Consumidor inscrito na Constituição de 1988, que também traz impacto à regulação de propagandas, proibindo àquelas consideradas enganosas ou abusivas. É direito do consumidor conhecer o que compra, o que faz uso e quais as possíveis consequências em sua saúde e no seu dia-a-dia.

 

promoção da saúde; educação em saúde; uso racional; legislação de propaganda; divulgação científica.


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