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No ano de 2008 no Estado do Rio de Janeiro, tem início o Programa Dupla Escola. Sua função é oferecer Ensino Médio em tempo integral, tendo como base a qualificação profissional ou a proficiência em língua estrangeira, a depender da Unidade de Ensino em questão. Essas escolas são parte de parcerias no âmbito público-privadas (para as de qualificação técnica) ou público-público (para as de proficiência linguística). Sua grade curricular conta com as disciplinas da base nacional comum, além das disciplinas específicas, que variam de acordo com a ênfase pretendida pela unidade. O presente estudo objetiva compreender os avanços, desafios e limites da proposição de uma educação pública de melhor qualidade, a partir da idéia de ensino integral e tentando entender como essa idéia pode ser otimizada, mesmo com os poucos recursos oferecidos pela secretaria estadual de educação do Rio de Janeiro. Para isso, fazemos uso de dados e informações coletadas durante os três primeiros anos de experiência no CIEP 117 (Brasil X Estados Unidos, ênfase em ensino de língua inglesa). Temos como referência para a discussão teórica de educação integral, autores como Teixeira (1977), Gramsci (2004) e Cavaliere (2002), além de alguns trabalhos publicados sobre o tema em congressos diversos. Como principais conclusões, temos a noção de que há necessidade de uma reorganização dos tempos e das atividades dentro do espaço escolar, de modo que o aluno também tenha contato com o lúdico e com a cultura, não apenas com a formação técnica (ou lingüística no caso do CIEP 117) o que pode contribuir para melhores resultados em termos de aprendizagem ao longo dos três anos de curso do Ensino Médio, buscando uma educação integral para a vida, que possibilite o pensar de forma livre e não uma educação de tempo integral simplesmente.

escola de tempo Integral; educação integral; escola pública