Este artigo tem como objetivo apresentar e relatar uma reflexão sobre a história da mulher e sua luta para conquistar o direito à educação. Por muitos anos as mulheres foram proibidas de frequentar a escola e seus deveres eram somente cuidar do lar e da família. Mesmo depois de a mulher conquistar o direito de ir a escola ela ainda enfrentou o preconceito dos homens, que a impediam de estudar, até mudar o pensamento demorou anos. Contudo, com o passar do tempo foram surgindo mulheres que lutaram pelos seus direitos, buscando melhores condições de vida. O Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA) da rede Pública Municipal do Rio de Janeiro tem sido de grande importância e tem contribuído para as mulheres, que não tiveram oportunidades de estudar na infância. Através de pesquisas baseadas em dados qualitativos e quantitativos, este trabalho analisa e produz algumas conclusões a partir de entrevistas realizadas com grupos de mulheres matriculadas em uma escola da rede pública municipal do Rio de Janeiro em que o programa é oferecido, buscando identificar entre outros fatores que  impediram de estudar na infância, o algum tipo de preconceito sofrido ao  voltar a estudar e o que as fez retornar à escola depois de tanto tempo longe dela. Portanto, esta pesquisa contribui para o profissional que queira trabalhar na EJA, conhecendo melhor quem são as suas alunas? Quais são as dificuldades delas ao voltar a estudar, é qual foi o contexto em que viveram e ainda vivem? Para um educador que queira trabalhar no PEJA se faz necessária a consciência de que faz parte do dever dele ser um professor/amigo, estando disposto a ampliar a influência dos estudos na vida dos alunos para ir além da sala de  aula, principalmente no caso das mulheres de modo a que conheçam e exerçam os seus direitos com máxima dignidade.