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Diretrizes para Autores

PROCEDIMENTOS PARA SUBMISSÃO DE COMUNICAÇÃO ORAL

1. O objetivo da comunicação oral é divulgar os resultados finais ou parciais de uma pesquisa, estimulando o debate no ambiente acadêmico. O proponente deverá submeter a comunicação em um dos simpósios aprovados, considerando as delimitações temáticas e/ou teórico-metodológicas especificadas no resumo do simpósio. O coordenador do simpósio selecionará 5 (cinco) comunicações para serem apresentadas na sessão;

2. O proponente deverá preencher obrigatoriamente os seguintes campos do formulário de submissão:

  • Nome completo (exatamente como deverá constar no certificado)

  • URL (URL do currículo Lattes ou do ORCiD)

  • Instituição onde atua

  • Resumo da biografia

  • Título (título da comunicação oral)

  • Resumo (entre 200 e 350 palavras)

  • Palavras-chave: informe de 3 a 5 palavras-chave que sintetizem o conteúdo da comunicação oral;

3. Cada proponente poderá submeter apenas uma comunicação oral a apenas um simpósio de sua escolha;

4. A comunicação pode ter uma coautoria. Pelo menos um dos autores deverá ter graduação concluída;

5. As comunicações orais serão realizadas de modo on-line (por meio da plataforma Google Meet);

6. O proponente terá 15 minutos para apresentar a comunicação oral e poderá usar recursos multimídia;

7. A comunicação será apresentada no simpósio pelo(s) proponente(s). Não será permitida a apresentação por terceiros. Só receberão certificados os proponentes dos trabalhos efetivamente apresentados;

8. Os coordenadores de simpósios que desejarem apresentar comunicação devem cadastrá-la no site do evento;

9. A comissão organizadora divulgará as comunicações orais aprovadas no dia 27/03/2024.


 

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS


17 de abril de 2024

 

Clarice Lispector: escritora plural

Mariângela Alonso (UFABC)

Fernando Mendonça (UFS)

Escritora importantíssima de nossas letras, cuja obra vem atraindo cada vez mais o interesse da crítica estrangeira, Clarice Lispector (1920-1977) constitui fonte inesgotável de sentido. As comemorações em torno de seu centenário prosseguem em 2023, com uma série significativa de lançamentos, como livros, peças teatrais e filmes. O mergulho na obra clariciana abre inúmeras possibilidades de compreensão estético-teórica da ficção moderna. Através de seus diversos gêneros – romances, contos, crônicas, páginas femininas, ensaios, literatura infanto-juvenil, teatro e pintura – a obra clariciana nos insere diante de uma pluralidade de abordagens, especialmente no que tange às formas e aos processos de como essa escrita vem se constituindo ao longo do tempo. Desse modo, o presente simpósio, com base de pesquisa firmada na transdisciplinaridade, contemplará diferentes faces da obra de Clarice Lispector, motivado pela experiência de seu trânsito em outras áreas. Assim, serão aqui acolhidos trabalhos que levem em conta a tradição crítica da obra da autora e que dialoguem com estudos narrativos, feministas, intersemióticos, psicanalíticos e afins.

Palavras-chave: Clarice Lispector; Ficção moderna; Transdisciplinaridade


O ensino de literatura e a leitura literária em sala de aula: perspectivas teórico-práticas

Marcos Antonio Fernandes dos Santos (UFMS)

Ilka Vanessa Santos Meireles (IFMA)

A princípio, o uso de textos literários no ambiente escolar tem sido alvo de discussões por professores e teóricos, posto que sua utilização ainda se encontra presa a livros didáticos e a metodologias mecanizadas nas aulas de literatura. Tal questão levanta uma falha nas metodologias de ensino atuais, as quais, muitas vezes, não contemplam o letramento literário contínuo, uma vez que muitos professores, condicionados a cumprir conteúdos pré-estabelecidos, não incentivam uma prática produtiva para a formação do sujeito leitor, de forma que esse sujeito possa expandir suas capacidades de leitura e escrita. Pensar em literatura é conceber o texto enquanto criação artística e prazer estético. Partindo desse ponto de vista e entendendo o texto como um tecido de múltiplas significações, é preciso compreender que ele por si só não é capaz de estabelecer a pluralidade que propõe. O leitor, nesse sentido, é parte do texto, porque é ele quem confere sentidos e atualiza aquilo que lê. Assim, o presente GT objetiva refletir sobre o ensino de literatura e a leitura do texto literário em sala de aula, sob perspectivas teórico-práticas diversas, tais como a vertente da estética da recepção, que valoriza o potencial do texto e o papel do leitor como o agente que atribui sentido a esse. Entre o amplo referencial teórico que subsidia a área do ensino de literatura e da leitura literária, podemos recorrer aos documentos oficiais que normatizam o ensino no país, como a Lei nº 9.394, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e o Plano Nacional de Educação, e a autores como Candido (2002), Cereja (2019), Zilberman (2012), Ingarden (1979), Iser (1996; 1999) Jouve (2002; 2004), Eco (2001; 2008), entre outros. Entender a literatura enquanto estética é fundamental para se chegar a uma abordagem que valorize o trabalho em sala de aula, pois quando o sujeito sente que a leitura literária é um ato repleto de significação e que ele é parte indispensável dessa atividade, consequentemente o hábito e o prazer da leitura se tornarão frequentes e efetivos. Nesse sentido, esperamos receber trabalhos que explorem e que evidenciem contextos em que o ensino de literatura e a leitura literária estão em destaque, demonstrando os resultados teóricos ou práticos da leitura literária na vida humana e na formação do homem.

Palavras-chave: Ensino de Literatura. Leitura Literária. Formação de leitores. Estética da Recepção.


Perspectivas em Línguas para Fins Específicos

Carla Cristina de Souza (IFRJ)

Elza Mello Ribeiro (IFRJ)

Tendo por base que os preceitos teórico-metodológicos que melhor se aplicam às aulas de línguas nas escolas federais tanto em cursos de ensino médio-técnico como nos de nível superior seriam aqueles da abordagem de Línguas para Fins Específicos (LinFE), este simpósio tem por objetivo promover a discussão tanto teórica, quanto prática dessa abordagem reunindo professores e pesquisadores de línguas que desenvolvem estudos e reflexões seja com projetos, pesquisas acadêmicas ou na sua atividade docente. O trabalho com fins específicos tem como diferencial atender as necessidades, desejos e lacunas linguísticas dos aprendizes e, a partir desses três pontos, definir as demais decisões relacionadas a um curso de LinFE, tais como: o método a seguir, o material a se produzir, a(s) habilidade(s) em que focar, os tipos de avaliações a se empregar, as atividades a se desenvolver, e assim por diante. Por conta de toda essa gama de características próprias, o praticante de LinFE, ou seja,  o professor que atua nessa vertente de trabalho, precisa também ter um perfil diferenciado e trabalhar constantemente de forma colaborativa com seus estudantes e outros profissionais da área específica. Dentre as características desse profissional, está a necessidade de formação continuada, que precisa também ser contemplada em eventos como esse, que fornece um fórum para o compartilhamento de conhecimentos e  possibilidades de atualização. Portanto, buscamos acolher trabalhos que envolvam pesquisas  e relatos de práticas em sala de aula que tenham como base a abordagem de línguas para fins específicos sob múltiplas perspectivas, a fim de promover a reelaboração conjunta de saberes e experiências. Alguns dos aspectos que podem vir a ser enfocados são: investigações sobre o ensino-aprendizagem de LinFE; implementação de novas práticas pedagógicas; exemplificação e discussão crítica de atividades didáticas; criação e adaptação de materiais e planejamentos de cursos usando a abordagem; a relação entre pesquisa e ensino-aprendizagem em LinFE; formação inicial e continuada de professores para atuação na área; experiências com levantamento e análise de necessidades; além de estratégias para avaliação em diferentes partes do processo e de seus integrantes, como da própria análise, dos cursos, das ementas, dos docentes e dos discentes; dentre outros.

Palavras-chave: Línguas para Fins Específicos; análise de necessidades; formação inicial e continuada de professores; pesquisa e ensino-aprendizagem de línguas; avaliação.


18 de abril de 2024

 

A semântica em sala de aula ou colocando a mão na massa: efetivação do diálogo entre teoria e prática de ensino

Suzete Silva (UEL)

A Semântica é definida como a ciência que estuda o significado e esse estudo pode ser efetuado a partir de vários ângulos e perspectivas. Atualmente, há várias teorias que buscam investigar esse fenômeno e, sem medo de errar, podemos afirmar que negligenciar os aspectos nele envolvidos, implica em impor severos limites ao alcance real de discussões linguísticas conceituais, visto que a língua, fundamentalmente, “significa” a todo momento. Cada vez mais conscientes da responsabilidade em relação aos necessários embates epistemológicos interseccionais entre a semântica e os estudos linguísticos, pesquisadores têm se debruçado, nos últimos anos, na tarefa de ampliar o escopo dessa linha investigativa na academia e, ainda mais, têm se empenhado em entrelaçá-la com propostas de trabalho no contexto das aulas de Língua Materna. No entanto, muito há para ser feito quanto à didatização de modelos aplicáveis e dos resultados de investigações decorrentes dessa área de estudo, ou seja, ainda há muita carência e deficiência no preenchimento dessa lacuna. Por esse motivo, neste Simpósio, objetivamos abraçar sugestões de natureza teórico-aplicada que tragam contribuições da Semântica para o ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, a partir dos fenômenos semânticos estudados em diversos eixos, quais sejam: Semântica Formal, Semântica Lexical, Semântica da Enunciação, Semântica Argumentativa, Semântica Cognitiva, Semântica Cultural, Semântica de Contextos e Cenários, dentre outras. Acolheremos, assim, movimentos analíticos que contemplem os processos de significação e de sentidos na linguagem. Serão bem-vindas abordagens pautadas na imersão reflexiva dos mais variados elementos semânticos em seus efeitos discursivos e pragmáticos como a sinonímia, a antonímia, a homonímia, a polissemia, a metáfora, a pressuposição, os implícitos, as inferências, a ambiguidade, a polifonia, os operadores argumentativos. Para a metodologia ou aulas mão na massa, há diversos caminhos didáticos possíveis e, esses, poderão apurar, revisar, testar, aprofundar e atualizar demandas vigentes nos mais diversos tipos de textos como notícias, reportagens, artigos de opinião, contos, crônicas, romances, publicidade, outdoors, cartazes, tirinhas, memes, gifs, charges, filmes, em uma amostra que irá privilegiar o retrato empírico de uma viagem teórico-metodológica no trabalho com esses gêneros, mídias e suportes. Trata-se, por fim, de um espaço declaradamente aberto para servir de base interlocutiva e dinâmica na formação, em especial, de alunos dos cursos de Letras e no trabalho dos professores em sala de aula, cujas comunicações irão abranger diretamente o tripé “teoria-prática-ensino”, promovendo, tout court – um diálogo rentável no fomento da semântica como fio condutor da pesquisa atrelada à significância.

Palavras-chave: Semântica; estudos da linguagem; prática de ensino.


A representação da mulher no ensino de línguas e literaturas

Roberta Viegas Noronha (UFF)

Julia Viera Correia (UFF)

As múltiplas facetas do machismo e a ausência de um olhar étnico-racial no movimento feminista revelam-se não só pelo que se materializa no discurso, mas também pelo que se permite omitir. A (in)visibilidade, os imaginários e os estereótipos erigidos em torno do feminino são lastros da opressão de gênero e de raça que sobredeterminaram historicamente as relações entre homens e mulheres, engendrando em diversas instâncias socioculturais um legado de exclusão e sub-representação da mulher. Diante desse cenário, este Simpósio Temático visa reunir trabalhos, concluídos ou em andamento, que versam sobre a representação feminina no ensino de línguas ou literaturas, abarcando Educação Básica, Ensino Superior, espaços não escolares, rede pública e rede privada. Compreende-se a urgência na inserção dessa temática em propostas pedagógicas de variados níveis, haja vista dados estatísticos recentes que comprovam práticas discriminatórias e violência de gênero exercidas contra as mulheres. Esperam-se pesquisas com foco no ensino tanto de língua portuguesa, quanto de línguas adicionais (L1 ou L2), tendo como escopo textos literários ou não literários. Com o intuito de promover uma troca rica no debate sobre o feminino em múltiplos cenários, entende-se que serão produtivos também relatos de experiência e propostas pedagógicas ainda não aplicadas, além de pesquisas estritamente teóricas. Interessa, também, pensar o papel da escola e da literatura a partir da perspectiva de uma educação feminista, antirracista e decolonial, para a construção de uma formação cidadã livre de preconceitos e estigmas. Para isso, mobilizaremos os pressupostos da Teoria das Representações Sociais (Moscovici, 2007; Jodelet , 2001); dos Estudos Culturais sobre gênero e identidade (Bourdieu, 2017; Butler, 2003; Saffioti, 2004) e dos estudos feministas (Beauvoir, 2016; hooks, 2019, 2020; Louro, 2003; Lugones, 2019), referências basilares para aprofundar a discussão científica contemporânea. Como resultado, almeja-se que este simpósio proponha atualizações a professores, licenciandos e pesquisadores sobre possibilidades no ensino em torno da temática do feminino, a partir de trabalhos teóricos e práticos em que línguas e/ou literaturas estejam relacionadas.

Palavras-chave: Representação feminina; Ensino; Línguas; Literaturas.


Ensino de gramática em perspectiva estrutural da língua portuguesa

Juliana Barros Nespoli (UFF)

Elaine Alves Santos Melo (UFF)

Muito se debate sobre o papel da gramática no ensino de língua materna tendo em vista a  indiscutível centralidade do texto corroborada pelos documentos norteadores da educação  básica no Brasil, tais como os PCNs e a BNCC (Brasil, 1998; Brasil, 2018). É indiscutível  que a promulgação dos PCNs no final da década de 90 pretendeu mudar o cenário do  ensino de gramática, que outrora era essencialmente metalinguístico e normativo  (Malfacini, 2015), e o ensino de língua deveria passar a um modelo textual-discursivo de  modo que a gramática estivesse a serviço da leitura e da escrita. Com o advento da BNCC,  já no século XXI, o entendimento da língua enquanto um objeto sócio-discursivo é  ampliado. Entretanto, o olhar instrumental para os estudos da estrutura linguística se  mantém. Nesse panorama, entende-se que a percepção dos estudantes quanto ao  funcionamento dos recursos gramaticais estruturais é, de fato, imprescindível para o  desenvolvimento das práticas comunicativas. Paralelamente, torna-se crucial a construção  de práticas pedagógicas que fogem ao modelo tradicional do ensino de gramática e  valorizem a reflexão científica na descrição linguística. Para tanto, os fenômenos  linguísticos de natureza gramatical precisam ser tomados como objeto de ensino a partir  de uma abordagem descritiva e, até mesmo, normativa contemporânea. Isso só poderá se  tornar realidade tão logo os saberes teóricos linguísticos alcancem as múltiplas realidades  das salas de aula brasileiras. Portanto, o objetivo deste simpósio é reunir trabalhos que  tratam do ensino de gramática em língua materna na educação básica. As comunicações  podem versar sobre as contribuições das teorias linguísticas para o ensino de gramática  (Possenti, 1996; Perini, 2002; Franchi, 2006, Pilati, 2011; Foltran, 2013; Vieira, 2017) e  sobre propostas pedagógicas voltadas para o ensino de fenômenos linguísticos já descritos  no português brasileiro e que impactam as práticas de sala de aula (Vieira e Brandão,  2007; Tescari Neto, 2017; Quarezemin, 2016; Gerhardt, 2017). Serão bem-vindos  trabalhos que contemplem fenômenos dos níveis fonético-fonológico, morfológico,  morfossintático e sintático.

Palavras-chave: Ensino de gramática; Língua Portuguesa; Estrutura


19 de abril de 2024

 

Mediação de leitura e letramento literário: o texto literário como acontecimento em sala de aula no ensino básico

Carlos Eduardo Cruz (IFCE)

Meire Celedonio Silva (IFCE)

O ensino de literatura nas escolas do ensino básico ainda é um desafio a ser enfrentado pelo professorado no Brasil. Mesmo com avanços no que diz respeito ao trabalho com o texto literário em sala de aula (COSSON, 2006; COSSON; PAULINO, 2009; MACEDO, 2021; AMORIM et al., 2022), o ensino ainda tem se pautado ora no aspecto do puro deleite, ora na explicação dos estilos de época (COSSON, 2021). Na busca de pensar formas alternativas as quais primam pela abordagem literária em sala de aula como um acontecimento (DURÃO; CECHINEL, 2022), este simpósio tem como objetivo discutir propostas teórico-práticas em relação à mediação de leitura de textos literários. Nesse sentido, as propostas devem contemplar um trabalho com a materialidade do texto em contributo à formação de um leitor de qualidade, focalizando os recursos linguísticos em interface com uma perspectiva dos textos da atividade literária. A contribuição também pode envolver ângulos de leitura e interpretação desses textos de acordo com os conhecimentos dos leitores em diferentes níveis de letramentos, sobretudo o literário. Desse modo, esperam-se as propostas que abordem práticas de letramento literário que estejam centradas na construção de uma postura interpretativa por parte dos leitores.

Palavras-chave: mediação, letramento literário, acontecimento.


Literatura indígena brasileira contemporânea: entre a teoria e a prática

Francisco Bezerra dos Santos (UFPR)

Alex Viana Pereira (UFPR)

As culturas indígenas são hoje objeto de estudo de diversas áreas do conhecimento pela sua fertilidade e complexidade estético-literária-cultural. No campo literário, diversos grupos indígenas por meio de seus integrantes têm produzido suas narrativas, a fim de evidenciar suas culturas e reescreverem suas histórias a partir de suas vivências e experimentações. Essa literatura ao logo dos últimos trinta anos tem ganhado espaço no mercado editorial pela luta de seus produtores e por incentivos de leis que tornaram as culturas indígenas temas de debates nos educandários. Direcionada em sua maioria para a sociedade hegemônica, essa literatura se relaciona com as culturas tradicionais de seus produtores e com o universo não-indígena pela relação das culturas. Nesse sentido, torna-se importante evidenciar trabalhos que enfoquem a diversidade das literaturas indígenas no âmbito científico, demonstrando a conversão de sujeitos passivos, em povos que hoje reivindicam espaço para a exposição de suas narrativas poéticas. Dito isso, a proposta deste simpósio é reunir pesquisas (concluídas ou em andamento) com enfoques para discussões no campo teórico da literatura indígena brasileira contemporânea, assim como discussões que se voltem para a inserção dessa literatura no campo prático da sala de aula. Ainda nessa seara, são bem-vindos trabalhos que apresentem, por exemplo, análises de obras literárias indígenas dentro das mais diversas perspectivas teóricas e críticas, pois como afirma Graça Graúna (2013), a literatura indígena ainda está gerando a sua própria teoria e pede que se leiam as várias faces da sua transversalidade. Para além disso, serão acolhidas também pesquisas que versem sobre os espaços e rumos que as narrativas indígenas estão tomando e ocupando no século XXI, principalmente no que tange a sua presença na sala de aula como forma de recuperar vozes excluídas e silenciadas e desmitificar preconceitos e estereótipos que os povos originários são obrigados a enfrentar há mais de cinco séculos no Brasil.

Palavras-chave: Povos indígenas; literatura; teoria; sala de aula.


Linguística Cognitiva: Desdobramentos e Contribuições para o Ensino

Luciana Oliveira Atanásio (IFMA / UFPB)

Leonardo Bruey Brito Madeira (IFMA)

Os estudos em linguística cognitiva são marcados por uma abordagem interdisciplinar que busca compreender como a linguagem reflete e influencia os processos cognitivos humanos. Esta área defende que a linguagem é um produto da cognição humana, e que o significado das palavras e expressões é construído a partir de conceitos e esquemas mentais. Por isso a linguística cognitiva desempenha um papel significativo nas aulas de língua portuguesa, influenciando tanto a abordagem teórica quanto as práticas pedagógicas. Ela oferece uma perspectiva que vai além da visão tradicional da língua ao incentivar uma compreensão mais ampla e contextualizada da linguagem. No processo ensino-aprendizagem da língua, a linguística cognitiva pode contribuir de diversas maneiras, tais como: melhorar a compreensão da linguagem, desenvolver habilidades de pensamento crítico, trabalhar a concepção de significado e ensino vocabular, facilitar a construção de significados através da gramática, explorar recursos literários e estilísticos, e promover a aprendizagem significativa. Autores como Berlin e Kay (1969), Filmore (1982), Lakoff e Jonhson (1980, 1999), Fauconnier (1985), Jonhson (1987), Lakoff (1987, 1990), Langacker (1987), Fauconnier e Turner (2002), Croft e Cruse (2004), Kövecses (2005, 2010), Feltes (2007), Miranda (2001), Silva (2003), Leite (2011, 2012, 2015, 2019) colaboraram de maneira relevante para os estudos em linguística cognitiva. No contexto educacional isso implica em abordagens mais ricas e eficazes para o ensino e aprendizagem, pois são considerados os processos cognitivos subjacentes que moldam a compreensão e a produção linguística. Assim, esse simpósio tem como objetivo agrupar pesquisas que tratem da linguística cognitiva nos processos de ensino em todos os níveis ou modalidades da educação. Serão aceitas comunicações que tratem da linguística cognitiva com enfoque na leitura, escrita, ensino de gramática, interpretacao de textos e demais processos educativos, isso possibilitará o debate sobre o tema relacionado ao ensino, conectando o estudo da língua ao seu uso cotidiano e à construção de significados em diferentes contextos comunicativos.

Palavras-chave: Linguística; Ensino; Cognição.

 

Itens de Verificação para Submissão

  1. O texto segue os padrões de estilo e os requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Conferência.
 

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